31 de Outubro

O Desenho Urbano e a Habitação no Centro Expandido da Cidade de São Paulo

Evento gravado


14h30 Brasília | 16h30 Cabo Verde | 17h30 Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe | 18h30 Angola | 19h30 Moçambique


Descrição

As localizações periféricas adversas e a falta de infraestrutura que caracterizam os empreendimentos habitacionais de baixa renda, recentemente construídos, motivaram a elaboração desta tese de doutorado. Essa forma de produção do ambiente construído acontece também na cidade de São Paulo, interferindo em seu desenho urbano e no mercado imobiliário. Ocorrendo de forma crônica desde os anos 1970, com a aceleração da urbanização, o processo se intensificou até os dias de hoje. A realidade já foi diferente, mas seu legado parece não ter sido notado. Exemplos de arquitetura e urbanismo consagrados não foram utilizados como referências para o atual modelo de desenvolvimento. Este trabalho estuda algumas realizações da produção habitacional brasileira no período compreendido entre os anos 1930 e 1964, evidenciando alguns elementos definidores de sua reconhecida qualidade. A crescente complexidade do meio urbano implica em discussões mais profundas entre os agentes responsáveis pela produção habitacional. Assim, propõe-se aqui o conceito de Projeto Indutor de Desenvolvimento Urbano, com capacidade de articular soluções para a cidade. Também é proposto o uso da ferramenta de Metaprojeto Urbano como recurso que contribua para a realização de Projetos Indutores, ensejando dinâmicas mais interessantes e promissoras para o desenvolvimento urbano. Além de realizações nacionais, são estudadas também algumas experiências desenvolvidas no exterior, consideradas exemplares. No caso do Brasil, o Projeto de Intervenção Urbana Vila Leopoldina, atualmente em curso na cidade de São Paulo, serve como experimento de caráter empírico. À raiz de tal experimento propõem-se algumas questões para reflexão, quais sejam: Qual o coeficiente de adensamento adequado para empreendimentos habitacionais? Será possível que uma população em situação de vulnerabilidade arque com os custos de manutenção predial gerada por um investimento da envergadura de um Projeto Indutor de Desenvolvimento Urbano? As ZEIS (Zona Especial de Interesse Social) demarcadas no zoneamento de São Paulo poderiam ser objeto de permuta, colaborando com a implantação de Projetos Indutores de Desenvolvimento Urbano? Fica aberta a discussão para outras questões que venham a ser suscitadas.

Moderação

Marcio Porto
Brasil
Larga experiência em concepção e gestão de projetos obtida por 15 anos de atuação em cargo de liderança de empresa do setor. Experiência profissional em equipes de projeto obtida em empresas nas quais trabalhou nos EUA. Consistente formação acadêmica em níveis de graduação, pós-graduação e extensão através de instituições e cursos reconhecidos como Mackenzie, USP, Insper e Columbia.

Painelistas

Rogerio Gherson
Gerente – Plano&Plano – Brasil
Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, com MBA em Real State pela mesma instituição. Possui mais de 25 anos na área de construção civil tendo experiência tanto em execução de obras, como planejamento, orçamento e gerenciamento. Há dez anos na empresa Plano&Plano, é responsável pela área de suprimentos, atuando na contratação dos prestadores de serviço, compra dos insumos e principalmente na gestão de parcerias estratégicas.

Fernando Fleury
Professor de MBA e graduando da Fundação Getúlio Vargas, Universidade de São Paulo, IBMEC e BSP – Brasil
Ph.D. Doutor em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo, Mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas e em Administração de Empresas pela USP. Também é Pós-Graduado em Direito e em Matemática pela USP. Sua experiência profissional inclui mais de 15 anos atuando como Consultor Sênior nas áreas de Planejamento Estratégico, Desenvolvimento de Negócios e Project Finance em diversos setores.

Paulo Eduardo Fonseca de Campos
Professor Associado | Universidade de São Paulo – Brasil
Professor Doutor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, coordena o Laboratório de Fabricação Digital Fab Lab SP e foi superintendente do Comitê Brasileiro da Construção Civil (CB-02) da Associação Brasileira de Normas Técnicas da ABNT (2012-2015).

Brasil

Organização

Marcio Porto (SPAA – Sidonio Porto Arquitetos Associados)

Parceiros

Sidonio Porto Arquitetos Associados